Área de Concentração: Economia Aplicada ao Setor Público.

Linha 1: Macroeconomia e Finanças Públicas

 A pesquisa em macroeconomia engloba, dentre outros elementos, aspectos relacionados a ação dos entes públicos, observando tanto a análise teórica da intervenção estatal, quanto os aspectos aplicados referentes ao uso do chamado fundo público. As ações dos governos Federais, Estaduais e/ou municipais se relacionam e tem impactos significativos sobre variáveis macroeconômicas como emprego, renda, inflação e produção de bens e serviços, sendo sua analise um aspecto importante para explicar o desempenho macroeconômico nacional e regional. 

Esta linha de pesquisa reúne trabalhos aplicadas em macroeconomia, desenvolvimento e finanças, com o foco para os problemas derivados da interação entre o comportamento dos agregados macroeconômicos nacionais e a economia da região amazônica. Trata-se portanto de questões como gasto e orçamento público, arrecadação do Estado, federalismo fiscal, políticas de isenção fiscal, programas de transferência de renda, políticas de crédito conduzidas por bancos estatais, dentre outras.  Parte importante destas politicas tem definição estrita no nível nacional, entretanto afetam e são afetadas na interveniência de agentes e características dos agentes e sistemas econômicos das unidades sub-regionais (estados e municípios). 

Por fim, dada a abrangência da ação do ente público como agente econômico e regulador numa multiplicidade áreas, estes elementos estritos de finanças públicas se conectam ao conjunto da dinâmica social. Abrem-se, portanto, conexões entre pesquisas de finanças públicas e diversos outros temas da pesquisa econômica e social na Amazônia. 

  1. A agenda de pesquisa aplicada do PPGEA nos temas e na formação profissional da linha de macroeconomia e finanças públicas abrange questões como: 
  2. Arrecadação, orçamento e gestão de recursos públicos no âmbito regional e local; 
  3. Federalismo, política tributária e política de crédito e sua interveniência na geração de emprego e renda
  4. Transparência, accountability e finanças públicas na região amazônica.
  5. Bancos públicos, financiamento, credito e desenvolvimento na Amazônia.
  6. Estado, investimento público, recursos naturais e desenvolvimento na Amazônia.
  7. Finanças públicas, políticas regionais e locais e desenvolvimento social
  8. Finanças públicas, políticas regionais e locais e dinâmica das questões ambientais e climáticas na Amazônia.
  9. Economia política do desenvolvimento e da ação do estado na Amazônia.

 

Linha 2: Planejamento e Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional

Esta linha de pesquisa desenvolve estudos aplicados na área de Planejamento e Gestão de Políticas de Desenvolvimento Regional na Amazônia. O objetivo é contribuir com o aprimoramento profissional de economistas e outros profissionais envolvidos na formulação de políticas públicas voltadas para o planejamento do desenvolvimento regional e urbano na região. Atenção especial é dedicada às questões voltadas para o manejo de problemas de ligados a dimensão territorial, produtiva e socioambiental do tropico úmido amazônico.

A Amazônia é reconhecida como uma das regiões de maior diversidade ambiental do planeta. No quadro da sociedade e território brasileiros, ela é também uma região de grande diversidade social e histórica. No contexto do séc. XXI, com o debate científico sobre as mudanças climáticas e seus efeitos socioeconômicos e ambientais, a importância da pesquisa sobre o uso econômico dos recursos da região e da integridade do bioma, a produção de conhecimento e a exigência de qualidade da ação de profissionais atuando na área de economia na Amazônia se tornou mais crucial.

Desde os anos 1970 a região vem sendo modificada intensamente por processos econômicos e espaciais associados a produção de grande escala de se setores primário-exportadores como a extração madeireira, mineração e agronegócio. A partir dos anos 1990 vem se estruturando modelos alternativos de governança territorial ligados à regulação ambiental e socioambiental e também ao reconhecimento da importância de atividades econômicas de base endógena e ligados a atividades da economia da biodiversidade. Isso tanto se liga a produção para a exportação (para áreas nacionais e exterior) como a produção para consumo regional de produtos típicos como o açaí, castanha, cacau, fármacos, dentre outros.

A atuação dos economistas, e outros profissionais que atuam nessa área, em instituições públicas, empresas privadas ou no terceiro setor na Amazônia tem um leque amplo de temas, objetos e metodologias de pesquisa, indo dos temas clássicos do debate sobre economia do desenvolvimento regional e urbano, do planejamento territorial, aos temas contemporâneos da bioeconomia e das mudanças climáticas.

A agenda de pesquisa aplicada do PPGEA nos temas e na formação profissional nesta linha abrange questões como:

  1. Bioeconomias e economias da sócio-biodiversidade
  2. Economia ambiental, ecológica e dos recursos naturais 
  3. Economias regionais, urbanas e biodiversidade; resiliência de economias urbanas
  4. Ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento regional e local
  5. Economia e gestão de cooperativas 
  6. Infraestrutura urbano/regional, logística, transporte e desenvolvimento
  7. Estado e desenvolvimento regional na Amazônia.
  8. Instituições de ensino superior, interação universidades, estado e empresas e desenvolvimento 
  9. Economia social, popular e solidária no contexto amazônico
  10. Mudanças climáticas e transição energética; sustentabilidade e governança corporativa (ESG) na Amazônia.